quarta-feira, 30 de maio de 2012

Prazer Doloroso

‎ Não sei ao certo se é a dor que me domina ou se é o medo de enfrentar as próximas caminhadas dessa floresta, que me impedem de proseguir. A muito vejo o refúgio dos pássaros nas árvores, e sinto o gotejar das águas escorregando pelas folhas... Mas e eu, tenho o meu refúgio? Ainda sinto o mais leve detalhe da natureza da vida?
Não sei dizer a que ponto este mundo me pertence, e qual o limite da minha validade nessa fortaleza. A mesma rosa que eu joguei ao chão, é a rosa que me sangrou pelos seus espinhos. Mas sua beleza é infindável, de um prazer e loucura absoluta... Pus um fim nisso, não porque a estava odiando pois bem que o ódio vem de um recalque, ou vem de um ponto horrível e sedento do qual não quero alimentar. Mas veio do amor, porque senão não teria me feito prazer e proporcionado certas loucuras.
O que quero dizer, é que tudo que eu almejo e espero alcançar, é dor e amor. É misturado como numa poção suave e pura, aonde os mais belos sorrisos e lágrimas escondem-se num véu, muito tênue, mas que eu finjo não ver através dele.
É uma questão impactante, os dois lados do desejo. O desejo ter, mas o mesmo tempo o acolhimento.