terça-feira, 12 de julho de 2011

Sofrimento

Fui arrancada da minha própria base e arremetida contra a parede. Não senti dor física e sim a dor que sufocou todo o meu coração e minha alma. A intensidade da minha respiração fez com que eu me assustasse com o risco da minha própria vida.
Os viraram numa direção oposta e me vejo perdida e sem rumo. O que faço agora? O que irei encontrar pela frente? Estou acabada, sinto-me cansada. A dor da perda faz com que eu perca as forças para enxergar o óbvio, a solidão invade meu quarto, os papéis se amontoam de uma maneira incômoda e o retrato cria poças de lágrimas ardentes e sem vida em sua volta. De repente um ar gelado corta minha boca, e lembro de quando meus lábios eram quentes e ansiosos ao encontro de outro mais quente e mais permanente.
Como disse, não sinto dor.
Dor física é apenas algo insignificante perto do horror que nem em palavras consigo descrever.

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